Você já pensou sobre qual a diferença entre uma macro e Robotic Process Automation (RPA) ?

Em 2004 quando começamos a lidar com automações robóticas, o mercado ainda não tinha esse nome “RPA” para o que estávamos fazendo. Era algo absolutamente inovador que precisava ser explicado aos nossos clientes. Era um verdadeiro trabalho de evangelização do conceito, mas muito recompensador.

Entretanto, não podíamos na época evitar que nossos clientes dessem apelidos para nossa tecnologia. Creio que o primeiro apelido foi “robozinho”. Adorávamos quando o cliente ligava para pedir suporte e dizia que o “robozinho” precisava de ajuda. Tivemos também o apelido de “Mandrake”, devido ao fato das atividades passarem a serem realizadas como um passe de mágica. O apelido que mais causou euforia aqui, foi um cliente que quando apresentei a solução me disse “Lia, acho que entendi o que sua solução faz. É como se fosse uma MACRO MAROMBADA”. Foi igual aquela sensação de “Eureka” que parece ligar várias luzinhas na cabeça, entende ?

Lembrando-se deste episódio, que me faz rir até hoje, decidi escrever um pouco sobre a diferença de RPA e macro, e consequentemente, da origem da “Macro Marombada”.
Até então, lá nos idos da década passada, o que tínhamos no mercado, eram várias soluções de “macro”, ou o que eu chamaria hoje de scripts de automação, cada um para uma ferramenta. Tínhamos a macro do word, a macro do excel, um script que poderia ser gerado via linha de comando, um script de Banco de dados e assim por diante.
Cada macro ou script poderia automatizar tarefas dentro do seu escopo de automação, dentro de sua própria ferramenta. Algumas integrações eram possíveis, como por exemplo, office com banco de dados, office com arquivos de texto, word com excel, entre outros. Ainda assim, era preciso se ter uma macro que lidasse com cada tecnologia específica.

A macro marombada surge então quando meu cliente observa que o nosso robozinho podia “pilotar” qualquer aplicação, navegar na web, entrar dados no ERP, buscar dados no banco de dados, abrir e fechar aplicações, tudo num passe de mágica. Era uma macro multi-plataforma, capaz de utilizar todos os recursos da máquina, teclado e mouse, enfim, uma macro ultra poderosa.

Com o tempo o mercado parou para analisar a nossa solução, assim como outras existentes no mercado, e finalmente criou uma “categoria” para esse tipo de tecnologia chamada então de Robotic Process Automation ou para alguns casos Robotic Desktop Automation.

Escrito por:
Lia Pullen Parente
Diretora SuperClient Solutions

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